Subdesenvolvimento
Favelas no primeiro plano e edifícios luxuosos em segundo plano, paisagem típica de um país subdesenvolvido |
O Subdesenvolvimento é um termo utilizado para fazer referência aos países cujo desenvolvimento econômico e social são limitados, apresentando um alto grau de desigualdades sociais e um elevado nível de pobreza e de miséria. Atualmente, a maior parte dos países é considerada subdesenvolvida.
Antigamente, utilizava-se a expressão “terceiro mundo” para se referir ao grupo de países hoje tido como subdesenvolvido, uma vez que o “primeiro mundo” seria os países desenvolvidos capitalistas e o “segundo mundo” seria os países desenvolvidos socialistas. No entanto, essa divisão não é mais utilizada e é considerada obsoleta.
Quais as origens do subdesenvolvimento?
Não há um total consenso na bibliografia especializada sobre as reais origens do subdesenvolvimento. No entanto, a corrente mais forte é aquela que preconiza que esse problema seja oriundo da exploração estrangeira colonial, em que países “descobridores” (as metrópoles) ocuparam e colonizaram outros povos (as colônias), submetendo-os à sua cultura e explorando intensamente os seus recursos naturais.
Entre as metrópoles, destacaram-se os países europeus, que colonizaram territórios nas Américas, na África e na Oceania, tendo eventualmente invadido e dominado alguns territórios localizados no continente asiático (a exemplo da dominação da Inglaterra sobre a Índia).
Além do colonialismo, registra-se também a ação do imperialismo, em que algumas nações – com destaque para a Inglaterra e os Estados Unidos – dominaram política, militar e economicamente outros países, impondo sobre esses os seus ritmos de produção e suas concepções de desenvolvimento.
Dessa forma, estabeleceu-se uma Divisão Internacional do Trabalho em que as colônias e países economicamente dependentes centravam seus esforços em produzir matérias-primas voltadas para o capital estrangeiro. Por outro lado, os países considerados centrais ou desenvolvidos transformavam essas matérias-primas em produtos industrializados, fornecendo suas mercadorias tanto para abastecer seu mercado interno quanto seu mercado externo.
Com isso, a economia interna e o mercado consumidor dos países subdesenvolvidos eram pouco dinâmicos, o que elevou o grau de dependência e acentuou os níveis de endividamento desses países para construir suas infraestruturas internas.
Quais são os critérios para definir um país como subdesenvolvido?
Para dizermos se um determinado país é subdesenvolvido ou não, são considerados alguns critérios específicos, como o Índice de Desenvolvimento Humano, a dependência econômica e tecnológica, os elevados índices de pobreza e miséria, registros de amplas desigualdades sociais, dívida externa e balança comercial desfavorável.
Esses países também são, em sua maioria, dependentes de produtos primários, de forma que seu grau de industrialização é baixo. Naqueles países, como o Brasil, em que se registra uma elevada presença de indústrias, é possível notar que a maioria delas é, na verdade, multinacionais estrangeiras, ou seja, as empresas privadas dos países centrais deslocam boa parte de seu processo produtivo para esses países, graças aos baixos salários dos trabalhadores, ao fácil acesso a matérias-primas e à busca por novos mercados consumidores.
O resultado dessa dinâmica é o agravamento das diferenças internacionais, pois as riquezas de um território são exploradas e os lucros gerados, em sua maior parte, são destinados às sedes das grandes corporações que geralmente se encontram em países desenvolvidos.
Qual a diferença entre países subdesenvolvidos e emergentes?
Muitas pessoas costumam entender que países emergentes não são mais considerados subdesenvolvidos, pois suas economias passaram por sucessivas evoluções de modo que esses se diferenciaram das demais nações periféricas. Porém, isso é uma falsa realidade.
Países como China e Brasil, que estão entre as maiores economias do mundo, ainda são considerados subdesenvolvidos. Isso porque a expressão “emergente” é utilizada para designar o grupo de países periféricos que, eventualmente, podem abandonar o seu grau de subdesenvolvimento e apresentar as mesmas características sociais dos países centrais em um futuro relativamente próximo (embora ele pareça cada vez mais distante!).
Portanto, os emergentes seriam uma espécie de “grupo” dentro dos países subdesenvolvidos, por apresentarem economias mais dinâmicas em relação aos demais. A grande questão é que esses países acreditavam que o mais importante era o crescimento econômico, de forma que o crescimento social viria como consequência, o que vem se demonstrando como uma concepção falsa.
Entre os países emergentes, podemos citar os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e o MIST (México, Indonésia, Coreia do Sul e Turquia).
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